Língua Negra

porSálvio Dino Junior

Língua Negra

Produto do modelo de crescimento urbano escolhido para São Luís.

A não existência da oferta dos serviços de esgotamento sanitário em muitos bairros que sugiram por meio da mobilização e ação de famílias sem tetos, ou seja, ascomunidades que vivem em ocupações construídas nas periferias de São Luísterminam por ser vitimas do descaso com os serviços públicos de saneamento. Poroutro lado a população sem a mínima consciência ambiental em face da ausência deeducação ambiental termina realizando praticas de danos ambientais com olançamento de esgoto em locais inapropriados.

Os Rios da Ilha do Maranhão são transformados em córregos de esgotos por meio do lançamento nas redes de águas pluviais e em alguns casos diretamente no leito dos Rios que ao chegar próximo da Foz vão formando pela resistência ao encontro com a água do Mar e em função da redução na vazão de água no Rio por ter reduzido as chuvas às camadas de partículas mais pesada em processo de decantação vão se retendo ao fundo do leito do Manancial gerando o fenômeno que ficou conhecido popularmente como “Língua Negra”.

Além do mais, também existem irregularidades nos serviços de Drenagem urbana e os empreendimentos licenciados sem a existência de rede pública de esgotamento sanitário o que gera a responsabilidade do mesmo em ter alternativas próprias do tratamento dos esgotos. Contudo são visíveis os lançamentos de esgotos clandestinos em Redes de drenagem urbana de águas pluviais. Desconfia-se que até empresas de limpa fossas fazem uso desta modalidade.

Rio Calhau na Avenida dos Holandeses antes do Golden Shopping Calhau. Neste ponto deve se ter contribuição de esgoto da Vila Conceição e áreas vizinhas.

Rio Calhau após o Golden Shopping já se aproximando da Foz. Neste ponto já se forma a Lingua negra.

Por Marcos Silva, em 15 de Setembro de 2019.

Sobre o Autor

Sálvio Dino Junior editor

Advogado, professor de Direito Ambiental, especialista em Direito Ambiental e Urbanístico, mestrando em Ciências Jurídicas na Universidade Autônoma de Lisboa e membro do Fórum Estadual de Educação Ambiental.